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Circula, Eva Circula! Em Blumenau!
A noite de 03 de junho – primeiro sábado do mês dedicado ao Orgulho LGBTQIA+ – marcou as últimas ações do projeto Circula Eva, Circula! nas dependências do imponente Teatro Carlos Gomes, em Blumenau.+
Na verdade, as ações já iniciaram na parte da tarde com a segunda edição da Oficina Experiência Performática, ministrada pela atriz-pesquisadora da Cia Carona e também professora da Carona Escola de Teatro Sabrina Moura. A oficina contou com a participação de 15 estudantes e abordou de forma prática algumas das discussões e experimentos realizados a partir do processo criativo do espetáculo A Segunda Eva. Questões como: a quebra da espacialização convencional da plateia e o direcionamento da energia/presença da atriz/ator/performer para espectadoras/es que não estão necessariamente paradas/os a lhe ver/ouvir; o tempo e espaço de escuta das espectadoras/es; o estado alerta para o jogo improvisacional; noções de performance art; etc.
Próximo às 19h, o público já se reunia pela praça e entrada principal do Salão Centenário do Teatro Carlos Gomes. Todes queriam conferir a última apresentação do espetáculo A Segunda Eva, bem como participar do Sarau com convidadas. Aproximadamente 150 pessoas lotaram o espaço onde tradicionalmente ocorrem shows e festas do FITUB. O cheirinho de quentão vindo do bar do Teatro nostalgicamente nos lembrava que este era um lugar de encontros e também que, infelizmente, não teríamos a edição do nosso Festival no ano de 2023. Rogamos para que os bons ventos soprados por Dioniso e todas as deusas e deuses que abençoam as artes da cena tragam de volta o nosso grande e tão aguardado FITUB.
Às 19:30 nossa diva Eva Pepper, adentrava o salão, fingindo estar atrasada e brincando com convidades. Nas paredes, as luzes sugerindo um arco-íris, símbolo da diversidade, além das fotos de Eva e uma enorme bandeira LGBTQIA+ davam o tom de acolhimento para uma comunidade ainda carente de lugares seguros para simplesmente ser quem se é. A noite realmente prometia.
“No dia 3 de junho, assisti, no teatro, o espetáculo A Segunda Eva, pela segunda vez. Só que dessa vez era diferente, fui com minha mãe, uma senhora que se acostumou a ficar bastante tempo na frente da TV como hobby. Além disso tudo, o Fábio é um grande amigo e conhece minha mãe através de conversas que vão dos clássicos ao trash, como ele mesmo diz (risos). Tudo isso se converteu em uma narrativa singular para mim e para minha mãe. Uma noite bastante emocionante, justamente porque minha mãe não costuma fazer coisas diferentes de uma rotina muito repetitiva e ela não anda bem de saúde. O que era pra ter sido só uma segunda vez assistindo A Segunda Eva, virou uma noite inesquecível, porque a Billy, minha mãe, participou várias vezes do espetáculo, em várias tiradas super rápidas dessa drag dona de todos os timmings e que foi tão generosa em trazer para cena aquela mãe de cabelinho branco e braço trêmulo em nome de todas as mães, todas as Evas. A única coisa que ela repetiu sobre a experiência: “fiquei encantada”. Sou fácil de choro, mas naquela noite o choro veio tão mais fácil, tão mais leve, tão transformador para mim, para nós.” (Giovanna Bittencourt, atriz e mestranda em Artes Cênicas pela UDESC)
Eva Pepper encerra o espetáculo cantando e conclamando à todes a se tornarem “Rainhas dessa porra toda”. Feliz e sentindo-se considerada, a plateia retribuiu com um longo e caloroso aplauso.
“Eva é sensacional! Experimentamos muitas emoções, a sensibilidade do espetáculo nos faz sentir na pele a beleza e as dores profundas de Eva. Nossa Rainha merece todo o reconhecimento do universo. A vida fica mais bonita com o colorido das Drags. Viva a Eva!” (Sirlei de Moura, empresária)
Eva então agradece a presença de todes e anuncia a primeira atração do Sarau, sua “filha” Persephone Pepper: “Participar do Sarau no final da temporada de A Segunda Eva foi uma delícia. Sensação de homecoming . Eva já chega demandando, não pede licença, causa, desbanca autoridades e distribui coroas. Toda a equipe é muito querida por mim e foi uma felicidade estar mais uma vez ao lado da Carona, de Godiva e Sheron. Blumenau ainda há de dar o valor devido ao tempero Pepper.” (Persephone Pepper, artista drag queen e DJ)
Após sua apresentação, Persephone passa a palavra para a sua mãe biológica. Sim, a diversidade também é família. E Rosane Magaly Martins nos brinda com novos dados e ações da ONG Mães do Amor.Diversidade que está indicada entre as finalistas do Prêmio Viva Blumenau, promovido pela NSC TV.
“Acompanhamos o processo de montagem e as apresentações de estreia do espetáculo A SEGUNDA EVA. Foi o último evento antes da pandemia de COVID19 e agora em 03 de junho de 2023, tornei a assisti-lo. Apesar do tempo, a potência do espetáculo não foi reduzida, pois as denúncias e sofrimentos que nela são expostos no meio-fio de qualquer cidade são urgentes. A drag queen Eva Pepper pode ser qualquer pessoa da diversidade, que por não ser aceita por padrões morais e dogmas religiosos, são vítimas diárias do preconceito, da violência, do sofrimento. Não sei se Deus existe, se tem corpo, sexo e gênero. Mas se existisse, seria, com certeza amor. E é este pedido de amor que vejo dentro dos olhos da personagem e de todas as pessoas da diversidade, que insistem em resistir e viver. Era sobre isso e sempre será!” (Rosane Magaly Martins, coordenadora da ONG Mães do Amor.Diversidade)
Abrir espaço para quem luta e resiste em cidades ainda menores é fundamental para que avancemos em conquistas sobre direitos da diversidade na região. O Sarau teve a honra de receber a ilustre performance de Gloria Godiva: “Estar com a Cia. Carona de Teatro, com pessoas como Persephone e Sheron, Fábio e Pépe é um mergulho no abraço da amizade e na cultura de Blumenau da melhor maneira possível. Foi maravilhoso ser recebida no afago das musas e amigos em meio à platéia e organização. Ressalto a questão do ambiente e recepção porque estes são fundamentais para o desabrochar artístico de ideias saudáveis e produtivas socialmente. O espetáculo A Segunda Eva, estrelado por Eva Pepper, deu o tom da noite e trouxe tudo isso que mencionei e muito mais. Me sinto grata e honrada de ter feito parte desse momento. Que venham mais!” (Gloria Godiva, artista drag queen, Timbó – SC).
Para fechar o Sarau, ninguém menos que a Diva travesti, rainha do fervo e da responsa, baluarte da resistência LGBTQIA+ em Blumenau e região, Sheron D’Ávila:
“Fazer uma participação especial no encerramento do projeto Circula Eva, Circula foi maravilhoso. Momentos de muitas risadas, alguns momentos que emocionam, tocam profundamente. A equipe muito atenciosa conosco que fizemos nossa parte, performando no Sarau. O público, nem se fala, foi extremamente acolhedor. E que venham mais projetos assim! Sucesso sempre, porque esse foi maravilhoso! Beijos a todas, todos e todes!” (Sheron D’Ávila, mulher travesti e performer)
Após o Sarau a DJ Persephone Pepper fez todes dançarem com sua animada discotecagem.
Assim, com festa e luta, com muitas cores, brilhos e emoção, encerramos as ações formativas e apresentações do projeto “Circula Eva, Circula!”, contemplado no Fundo Municipal de Apoio à Cultura de Blumenau, através do Edital nº 004/2021, do 4º Prêmio Herbert Holetz. Patrocínio: Fundo Municipal de Apoio à Cultura, Conselho Municipal de Política Cultural de Blumenau, Secretaria Municipal de Cultura de Blumenau, Prefeitura de Blumenau.
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Circula, Eva Circula! Em Brusque!
Sim, ela esteve lá! Nós estivemos e foi um encontro de muitos corpos pulsantes por encontros, por fazer arte e por defender os direitos das pessoas LGTBQIA+. Uma noite daquelas que a gente respira juntes, dá as mãos, se abraça e a vida ganha muitos sentidos.+
Nós da Cia Carona fomos afetuosamente acolhidos pelas pessoas responsáveis pelo Centro de Direitos Humanos – CDH, que aproveitaram as ações do projeto Circula, Eva Circula para promover uma grande noite cultural, com comidinhas, bebidas, muito público e carinhos.
Após a apresentação do espetáculo aconteceu o Sarau com a participação das artistas locais Daivid Matias Krause, Douglas Leoni, Luca Rodrigues e Tuany Fagundes.
Estas ações também contaram com a participação da querida intérprete de libras Cynthia Philippi.
Nossas inquietações, sensações e emoções puderam ser partilhadas em uma grande Roda de Conversa intitulada Drag-Quem?.
Este conjunto de ações constitui-se como um destes encontros que as palavras não dão conta de traduzir o acontecimento, mas nos parece que trazer as vozes de algumas pessoas que participaram do evento possa fazer você sentir um pouquinho do que as ações do projeto Circula, Eva Circula têm provocado por onde passou:
“Muitas vezes, quem está de fora não compreende o tamanho da importância desse tipo de evento. Não raro, é um desafio para nós artistas LGBTQIAP+ trazermos nossas vivências e anseios, com gêneros e sexualidades dissidentes, para o palco. Ter um momento como esse, com casa lotada, podendo experimentar, criar, errar e celebrar esse tipo de encontro nos traz esperança e força, por conseguirmos perceber, novamente, que temos voz, que querem nos ouvir, que podemos escutar nossas pares, nossas diferenças e que sim, temos público! Um público ávido e curioso, que também anseia por mais momentos assim. Depois de anos de rigidez, medo e insegurança, percebo que temos que agarrar este novo ciclo, e nos unirmos com aquelas pessoas que fazem parte de nossas histórias e que estão com a gente para o que der e vier. Nós não estamos sozinhas e eventos como este serão cada vez mais comuns, numerosos e procurados. O caminho nunca foi e não será fácil, mas é no encontro de nossas vidas e nossas artes que vamos (re)criando trajetórias, para as que vieram, para as de hoje e, sem dúvida, para um amanhã mais colorido para todas nós!
VIDA LONGA AOS DRAG KINGS E ÀS DRAG QUEENS! VIDA LONGA ÀS NOSSAS EXISTÊNCIAS SEM CULPA! VIDA LONGA À EVA E À CIA CARONA! SIGAMOS
(Tuany Fagundes)
“Vivenciar experiências como a que tivemos o privilégio de assistir/viver na apresentação de A Segunda Eva – Cia Carona, é daqueles momentos inesquecíveis na nossa trajetória de lutas e sonhos!” (Ana Beatriz Baron Ludvig, ativista de Direitos Humanos, membra do Centro de Direitos Humanos de Brusque, Conselheira do Conselho Estadual de DH.)
“Foi um presente receber a Eva e demais artistas no espaço do CDH Brusque. Tanto pela chance de vermos o trabalho incrível da Cia Carona de perto quanto pela possibilidade de fomentar a troca local – criando, produzindo e incentivando uma agitação que queremos ver frutificar. Eva é um espetáculo fundamental e maravilhoso! Nos fez rir e chorar, nos emocionar – ao termos a chance de visitar um pouco do mundo Drag Queen – e também nos indignar – confrontando uma realidade que ainda violenta tanto a existência das pessoas LGBTQIAP+. Termos a plateia cheia reaviva nossas esperanças de que um mundo mais diverso é possível e melhor – que mesmo e apesar de tudo existimos, seguimos, resistimos e continuaremos fazendo muita arte e festa. Obrigada e já queremos mais!
(Rafaela F. Kohler, CDH/Brusque)
Nós também queremos mais e vamos continuar lutando por nossos sonhos e lutas, para fazer do amanhã mais colorido!!!! Em Brusque, em Blumenau, no Vale do Itajaí, por onde estivermos presentes, esta será a nossa busca!
Te convidamos a se juntar a nós na criação desses mundos mais diversos, respeitosos e acolhedores para todas as pessoas. Participe das ações artísticas promovidas na sua cidade, se deixe afetar pela arte, sem medo de aceitar a transmutação dos padrões, de encarar nossos modos preconceituosos de transitar pelo mundo. Vem, circula com a gente, circula!
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25ª MOSTRA CARONA DE TEATRO
A Carona Escola de Teatro realizou a 25ª MOSTRA CARONA DE TEATRO nos dias 11 e 12 de dezembro de 2022. As apresentações de cinco espetáculos ocorreram no Pequeno Auditório do Teatro Carlos Gomes, no Centro de Blumenau.+
Evento consolidado por sua frequência e qualidade, a Mostra Carona de Teatro integra o calendário cultural de Blumenau e região. Todos os anos, as turmas de alunes da Escola sediada no Teatro Carlos Gomes apresentam seus trabalhos, levando à público o que aprenderam nas atividades curriculares do Curso Livre de Teatro.
“Nas Mostras anteriores as montagens geralmente surpreenderam a plateia com uma “pegada” contemporânea, com temáticas sempre questionadoras, abordando temas e pautas necessárias na sociedade em que estamos inseridos, e neste ano não foi diferente. Nos surpreendemos assim como a plateia.”, diz Pépe Sedrez, um dos professores e diretores da Escola. “Nosses alunes sempre têm algo a dizer e nós, enquanto escola de arte, nos orgulhamos por ser um veículo propício para propagação dessas múltiplas vozes.”, continua o professor.
Espetáculos apresentados:
Alguns Corpos
Turma adulta – Prof Sabrina Moura
Sinopse: Alguns corpos nascem e até morrerem representam muitos papéis. Alguns corpos são homenageados após a morte. Outros corpos são desprezados ao nascer. Alguns corpos são arrebatados pela incompreensão e pela violência de outros corpos em relação a suas existências. Alguns corpos se reconhecem ao perceber outros corpos. Alguns corpos se reúnem em um ritual artístico. Quais corpos são convidados a entrar na cena das nossas vidas? Que corpos escolhemos amar?
Atuação: Alexandre da Silva Corrêa, Alice Ales Glam, Bruna Hedler, Cynthia Philippi, Josiane Patrícia Morastoni, Larissa Luksik, Patrick Yan e Vanessa Martins.
Assistente de Direção: Regina Goularte
Assistente de Criação:: Taly Lima
Direção Musical: Bruna Hedler
Dramaturgia: Sabrina de Moura e Fabrício Theiss
Figurino: Alice Ales Glam e Vanessa Martins.
Cenário: Alexandre da Silva, Josiane Patrícia Morastoni e Patrick Yan
Maquiagem: Alice Ales Glam
FOTOS ALGUNS CORPOS – Por Sabrina Marthendal
VAZÃO IN
Turma Adulta – Prof. Pépe Sedrez
Sinopse: Invasão: “In”, dentro. “Vazão”, fora. Algo que invade de dentro para fora, supomos. Alienígena deve ser uma vestimenta de si. É! Algo que se veste e representa o papel de ser quem é. Viver se torna uma longa audível expiração de cansaço e movimento seguido por um abocanhar faminto de nós mesmos.
Atuação e Dramaturgia: Alan Willecke, Arthur Silva Félix, Du Mesacasa, Gabriel Brasil, Júpiter Tolfo, Leonardo Baraúna, Natália Schmitt, Rafael dos Santos e Will Del Souza
Vídeo: Will Del Souza / Máscaras: Rafael dos Santos / Trilha Sonora: Leonardo Baraúna
Part. Especial: Schi, como Musitron 3.000
FOTOS VAZÃO IN – Por Sabrina Marthendal
C_ASAS
Turma Crianças – Prof Sabrina Marthendal
Sinopse: CASA – Local onde se mora. Residência, habitação, domicílio, moradia, teto.
O dicionário está cheio de respostas sobre o que é uma casa…
Mas, de verdade, o que é uma casa?
E onde a gente está quando a gente está em casa?
O espetáculo, criado coletivamente a partir de diversas vozes, traz a história de nove meninas à procura de suas casas esquecidas e os caminhos que percorrem para encontrá-las.
Atuação: Alice Prade Cordero, Beatriz Reichert, Cora Tomaselli Refosco, Gabriela de Souza Maes, Julia Pinheiro, Luisa Furtado, Sofia Raatz Goll, Vitória dos Santos Cota e Amanda Borges de Almeida Campos
Assistência: Angie Rodrigues
FOTOS C_ASAS – Por Sabrina Marthendal
AS ÁRVORES DE NICOLAU
Turma Clown – Prof James Beck
Sinopse: Todo ano é a mesma coisa, coloca os enfeites, pendura os lacinhos, liga o pisca-pisca e ela tá pronta. E dessa vez vamos colocar novamente a estrela lá no topo. Porém antes é preciso tentar resolver um problema, pois inventaram de cortar todos os pinheiros na base da motosserra, desenfreadamente. Liga pra um, liga pra outro e nada muda. Contam histórias e ninguém se sensibiliza. Não bastasse todo o caos, existe ainda um outro detalhe: O Nicolau está desaparecido.
Atuação: Artur Gewehr, Eduarda Loregian, Franciele da Silva Peretiatko, Jaqueline D’Olanda Ferrando, Leonardo Baraúna, Lizandra Tavares Monteiro e Nayara Becker
FOTOS AS ÁRVORES DE NICOLAU – Por Sabrina Marthendal
MEDO
Turma Adolescentes – Prof Fábio Hostert
Sinopse: O medo é um estado emocional que surge em resposta perante uma situação de eventual perigo. Então o medo é uma coisa boa?!?
Você tem medo? Quais são os seus medos? O que seria de nós sem o medo? Sem querer armar um tratado sobre o tema, apresentamos algumas situações para refletir como lidamos e o que hoje realmente pode nos causar o tão famigerado medo.
Atuação: Alice de Oliveira Andrade, Antonia Martins Philippi Carneiro, Gabriel Henrique Arndt, Gabriel Oliveira, Gabriela Maciel Gomes, Heitor Moretto Koch, Isadora Teixeira, Maitê Maria Barni Boaventura, Maria Alice Lima, Maria Eduarda Ferreira, Nicolly Borgo Garcia, Paola Bormanieri, Thalyta Lana Gabrielle Habitzreuter e Valentina Canali Abdala
Assistência: Beatriz Walz
FOTOS MEDO – Por Sabrina Marthendal
Fotos dos espetáculos acesse
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Inscrições Abertas para Cursos de Teatro 2024
Tem vontade de fazer algo diferente? De se aprofundar ou mesmo experimentar um pouco da arte teatral? Então vem com a gente em 2024!+
O Curso Livre da Carona Escola de Teatro é oferecido para formar atrizes e atores que estejam interessados em seguir carreira, ou aqueles que buscam mais desenvoltura, desinibição ou mesmo um hobby. Com encontros semanais de 2h cada, com apresentação final de ano no Teatro Carlos Gomes.
O Curso oferecido pela Carona Escola de Teatro é reconhecido pelo Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão Santa Catarina (SATED-SC). Completando carga horária total de 100 horas.
O ano letivo é dividido em duas partes:
1 – Preparação da/o atriz/ator: nesta etapa, são trabalhados os princípios básicos de interpretação, improvisação, presença cênica, jogos e dinâmicas teatrais;
2 – Montagem: nesta etapa, a turma entra no processo de montagem do espetáculo que terá relação com o tema do ano. A mostra acontecerá no mês de dezembro de 2024.
As aulas têm início na primeira semana de fevereiro, de acordo com o dia da sua turma.
Turmas e horários:
Adulta (a partir de 18 anos) Prof. Pépe Sedrez – 2ª feira das 19h às 21h
Crianças (7 a 11 anos) – Prof Sabrina Marthendal – 4ª feira das 13h30 às 15h30
Adolescentes (12 a 17 anos) – Prof Fábio Hostert – 4ª feira das 16 às 18h
Adulta (a partir de 18 anos) Prof James Beck – 3ª feira das 19h às 21h
Clown/palhaçaria (a partir de 16 anos) Prof James Beck – 6ª feira das 19h às 21h
Adulta (a partir de 18 anos) Prof Sabrina de Moura – sábado 9h30 às 11h30
Inscrições:
Inscrição – Curso Livre Carona Escola de Teatro 2024 (Maiores de idade). Cliquei aqui
Inscrição – Curso Livre Carona Escola de Teatro 2024 (Menores de idade). Clique aqui.
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Intersecções Poéticas: Ações de Mediação
Bem vindes espectadoras/es!!!+
Essa é a nossa proposição de mediação teatral do projeto Intersecções Poéticas. Com muito carinho e trabalho, adaptamos o que seriam os encontros presencias com as/os espectadoras/es antes das apresentações da nossa programação, em uma proposta de mediação virtual. Dentro do que nos é possível neste momento de distanciamento social, convidamos você a entrar em contato com o material que preparamos para a peça “É Tentando que se Desiste”.
Você poderá vivenciar um pouquinho da linguagem clown (palhaço) com as dinâmicas que criamos especialmente para você espectadora/or! Leia as nossas dicas na apresentação do material e reserve um tempinho para essa vivência.
Depois conte pra gente como foi!!! A primeira transmissão do espetáculo será no dia 07/02, às 20h.
Acesse os materiais: https://bit.ly/2MyIN2V
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Intersecções Poéticas
Começamos o ano de 2021 comemorando os nossos 25 anos de trajetória!!!+
Nossa festa vai durar mais de dois meses, será a distância, mas cheia de afeto e com muita vontade de reencontrar todes presencialmente.
Por enquanto, convidamos a todes para participar da nossa celebração na versão online.
Intersecções Poéticas é o nosso projeto festivo, contemplado pelo Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura 2019, que conta com transmissões de espetáculos teatrais gravados e ao vivo, oficina, ações formativas, ciclos de leituras, e muitos bate-papos!
Para participar de algumas atividades é preciso fazer inscrição. Confira nossa programação completa e acompanhe os detalhes de cada ação nas nossas redes sociais.
O projeto inicia nesse sábado, às 20h, com o espetáculo “A Segunda Eva”.
Esperamos vocês nos nossos festejos virtuais.
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Curso Expresso Online
Links para informações e inscrição
Adultos:
encurtador.com.br/abpCT
Adolescentes:
encurtador.com.br/cly34
Crianças:
encurtador.com.br/CUWX0
Vem fazer teatro com a gente!
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Estreamos!
Estreamos! As experiências começam a ser testadas agora com o público. Algumas se confirmam, outras se adaptam, como, por exemplo, quando usar o microfone, quando beber (pois o bar da boate estava funcionando). Porém, uma sensação se confirma, Eva está num espaço, tanto físico quanto dramatúrgico que a guia e traz concretude a seu discurso, mas com muitos espaços. Para seus improvisos, para seus “números” (dublagem, canto etc.), seus gritos de luta, seus chavões e, principalmente, sua relação bem-humorada e afetuosa com o espectador, ainda assim cumprindo uma curva dramatúrgica não linear, que faz parte dos fundamentos da Cia Carona de Teatro. Para isso, trazemos um depoimento de nosso dramaturgo:
O trabalho de dramaturgia do espetáculo “A Segunda Eva” consistia em levar Eva Pepper, drag queen do ator Fábio Hostert, já bastante conhecida pelo público blumenauense, para “dentro” de uma peça. Para isso, era importante deixá-la livre, longe das “amarras” de marcações rígidas e textos metodicamente decorados. Além disso, diante da situação política catastrófica vigente em nosso país, não queríamos deixar de nos posicionar. Procuramos buscar em Eva Pepper o caminho a ser seguido, deixando que ela e o seu sarcasmo nos guiassem (Gregory Haertel).
Realizamos apenas três apresentações presenciais. Quatro dias depois da estreia, explodiu a pandemia do Covid-19.
Ainda sobre a estreia, trazemos o depoimento de Ruan Rosa:
A “Segunda Eva” foi uma experiência entre arte e realidade muito interessante. O espetáculo testemunha não só a experiência de uma vida, e da criação de uma identidade, mas também é uma proposta de alteridade através da experiência estética que é o teatro e também a arte drag. Com Eva, podemos sentir as dores e as alegrias que atravessam a existência de uma identidade marginalizada. Sem falar do aspecto contemporâneo e cosmopolita da discussão que o espetáculo traz para uma cidade de médio porte, e mentalidade pacata, como Blumenau. Eva é única, mas nos convoca a pensar na experiência de muitas outras “Evas” que existem mundo afora (Ruan Rosa).
Temporada de Estréia – dias 12, 13/03 as 20h e dia 14/03 as 19h – Na Box Music – Blumenau
Sinopse de A Segunda Eva
“Eva é ela, a drag, a rainha, a deusa. Ela é livre e, sendo livre, pode ser muitas. Eva ri de si mesma, rida sociedade hipócrita e intolerante que nos cerca, ri das pessoas e faz as pessoas rirem. Sozinha no meio do público, sob luzes e roupas extravagantes, ela também chora. Mas jamais abdica da diversão e da afetividade. Assim como ela não é a primeira, o mundo também pode se tornar um segundo mundo. Mais divertido. Mais tolerante. Mais colorido. É nisso que A Segunda Eva acredita”.
Ficha Técnica
Atuação – Fábio Hostert
Direção – Pépe Sedrez
Produção – Sabrina Marthendal, Sabrina Moura e James Beck
Dramaturgia e Letras – Gregory Haertel
Músicas – Edu Colvara
Participação em Funk da Eva – Mayla Valentin
Arranjos e produção musical – Junior Marques
Preparação vocal – Mareike Valentin
Figurinista – Salomé Abdala
Olhares Colaborativos – Barbara Biscaro, Carlos Simioni, Lenilso Silva, Marilei Post, Aline Cruz, Maldita Hamer, Suzaninha Richthofen, Gabriela Dominguez, Sabrina Marthendal, Sabrina Moura, James Beck, Angie Cavalheiro Rodrigues, Eduarda Matiello, Dona Lígia Schmidt e Espectadorxs participantes das Mostras Processuais e Rodas de Conversa.
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Estreamos!
Experiências
Metodologia colaborativa
Linguagem e à espacialidade do espetáculo
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Experiências
Após as experiências com as 3 mostras processuais, os diálogos com os integrantes da Cia Carona e a continuidade dos ensaios, decidimos na quarta mostra romper com quase tudo que tínhamos. Eva foi para um espaço junto ao público, sem lugares definidos para plateia, intercalando algumas cenas já compostas com outras propostas de jogos diretos com a plateia, como o tradicional “eu nunca…”. Sem a preocupação de uma linha dramatúrgica, mas sim, com foco na relação com a plateia. Bingo! Era isso que faltava. Eva jogando mais, se relacionando mais, estando mais livre, inclusive espacialmente.+
4ª Mostra Processual – em 12/02/2020 às 20h – na Cia Carona (Teatro Carlos Gomes).
Claro que após essa experiência, percebemos o “meio termo”, unindo essa liberdade, com as curvas dramatúrgicas. Cia Carona e Gregory, dramaturgo, trabalham muito próximos tecendo esta trama final para A Segunda Eva.
Esses percursos pelas mostras processuais, somados as avaliações destas experiências e ensaios finais nos levaram a colocar Eva numa boate! Colamos cenas, jogos, dublagem, canto, risos e angústias conectados com essa espacialidade. A boate não funcionará com sua função primordial, mas nos colocaremos nesse espaço junto ao público e isso nos trará inúmeras possibilidades para que nossos anseios se concretizassem, assim como o risco do conteúdo poder se perder, é um espaço onde todos estarão fora da zona de conforto quando se pensa numa peça teatral.
Agora é aguardar pela estreia!
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Experiências
Metodologia colaborativa
Linguagem e à espacialidade do espetáculo
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Linguagem e espacialidade do espetáculo
Com relação à linguagem e à espacialidade do espetáculo, precisávamos manter a Eva “livre”, a Eva “diálogo”, a Eva “improviso”; e, ao mesmo tempo, estabelecer as curvas dramatúrgicas que nos interessam na composição de uma obra teatral. Neste momento, citamos outra ação de nosso projeto: as Mostras Processuais. A ideia dessas mostras é promover a troca e criar junto, buscando expandir as possibilidades do processo proposto pelo grupo para montagem dessa obra: colaborativo e inclusivo. Nelas, apresentamos, publicamente, partes do espetáculo que estávamos construindo. Essas mostras foram cruciais para percebermos, a partir do retorno do público, se nossas propostas estavam se consolidando, em nossos anseios, com A Segunda Eva.+
1ª Mostra Processual – 12/11/2019 – às 18h30 – na FURB (Sala S-113). Dentro da IX Semana Acadêmica de Artes
2ª Mostra Processual – 13/11/2019 – às 19h – na Cia Carona (Teatro Carlos Gomes).
3ª Mostra Processual – 13/12/2019 – às 20h – na Cia Carona (Teatro Carlos Gomes) Dentro da programação da 22ª Mostra Carona de Teatro
Até a terceira mostra, já tínhamos algumas músicas compostas e cantadas por Eva, textos, corporeidades e vocalidades vindas dos trabalhos com os profissionais anteriormente citados. Mas, Eva ainda estava numa relação bastante “formal”, apesar de dialogar diretamente com o público. Ainda estava um pouco engessada dentro da dramaturgia que estávamos compondo. Percebemos, assim, que faltava jogo com o público, que faltava quebrar com a história que estávamos contando, apesar de não ser linear, nem temporal. Desafio a ser experimentado na próxima e última mostra processual.
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Experiências
Metodologia colaborativa
https://ciacarona.com.br/linguagem-e-a-espacialidade-do-espetaculo/
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Metodologia colaborativa
Nessa metodologia colaborativa, deste processo, esse aspecto se ampliou, pois realizamos, como disparador de pesquisa, três encontros criativos/rodas de conversa com os temas: Combate e Prevenção à Violência LGBTTQIA+, Desconstrução da Masculinidade e Drag-Queen – Arte, Política e Liberdade: Close Certo!+
A ideia dos Encontros Criativos foi promover a troca e criar junto, buscando expandir as possibilidades deste processo proposto pelo grupo. Através das temáticas LGBTTQI+ e o universo Drag Queen, temas centrais, a Cia Carona quer construir espaços para ouvir as vozes de pessoas que facilmente são caladas e invisibilidades em nossa sociedade.
Nessas rodas, propomos algumas ações: colagens e escritas livres em cartazes, práticas de interação, gravação de depoimentos, seguidos sempre de um diálogo sobre os temas propostos. Esses momentos foram muito ricos, produtivos e nos trouxeram materiais temáticos para que compusemos o conteúdo textual que Eva Pepper poderia explorar. Lenilso Silva e Marilei Post, convidados desses encontros, comentam:
O processo da roda de conversa sobre a população LGBT foi um momento sublime para trazer à luz a situação de vulnerabilidade social e o processo histórico desta comunidade para que possa viver plenamente. A maior relevância foi o extraordinário debate a respeito da realidade social ingrata que os LGBTs vivem apenas por existirem. Também foi uma oportunidade de dialogar sobre saídas para enfretar a LGBTfobia. Resultado: enquanto houver LGBTfobia, haverá nossa luta (Lenilso Silva).
Embora eu não seja conhecedora dos elementos que compõem uma peça de teatro, sou apaixonada pelo teatro como forma de expressão. Participar das rodas de conversa colaborativas desde a concepção da peça “A Segunda Eva”, juntamente a roteiristas, diretores, atores (etc.) foi uma experiência incrível em que foi possível perceber a ideia evoluindo coletivamente (Marilei Post).
1º Encontro Criativo – Aconteceu na Secretaria Municipal de Cultura e Relações Institucionais, no espaço Elfy Eggert – em 10/03 – 19h
Tema: Combate e Prevenção à Violência LGBTTQIA+
Convidado: Lenilso Silva – que será a representação de liderança em movimentos de luta e combate a lgbtFobia.
2º Encontro Criativo – Aconteceu no Greenplace Park – Blumenau – em 10/04 – 19h
Tema: Desconstrução da Masculinidade –
Convidadas: Marilei Post e Aline Cruz, mulheres, líderes de organizações e movimento social voltados à luta por garantia de direitos das mulheres em Blumenau e região.
3º Encontro Criativo – Brazuka´s Hostel – Blumenau – em 08/11- 19h
Tema: Drag-Queen – Arte, Política e Liberdade: Close Certo!
Participação das Drag-Queens: Bella LaPierre (Gabriela Domingues), Maldita Hammer (Salomé Abdala Issa) sendo estas 2 por web-conferência e participação presencial de Suzaninha Richthofen (Artur Rugoski).
Após esses encontros, começamos os trabalhos práticos com a montagem. Da Cia Carona, Pépe Sedrez, integrante fundador do grupo, assumiu a direção do espetáculo. Aqui, Pépe nos traz um ponto crucial que nos desafiou:
Uma das premissas que elegi(emos) como norteadoras para o processo foi não perder a liberdade de Eva Pepper. Condição sine qua non para a existência desta persona, pois não consigo conceber Eva sem liberdade e, talvez, nem Liberdade sem Eva – aqui uma referência e uma enorme reverência ao Coletivo LGBT onde Eva nasceu. A dificuldade situava-se então entre não perdê-la, porém não tornar o espetáculo um show improvisacional. Frequentemente trabalhando a partir de bases muito sólidas para a construção de ações físico-dramáticas e em estruturas complexas como partituras, nos interrogamos constantemente sobre como a drag queen se portaria. Como não abdicar completamente de nossa busca por precisão e rigor técnico que, cremos, sejam indispensáveis para a edificação desse organismo vivo que é uma obra teatral e, não obstante, não trair a característica essencial de Eva: a relação libérrima e diretíssima com sua plateia. Talvez até já soubéssemos mas, enfim, compreendemos na prática que para não engessar sempre é possível rebolar mais; que perucas, cílios e saltos altos jamais impediriam a precisão necessária; que a língua ferina também pode ser – e é – acolhedora, empoderadora; que o deboche não é mero mecanismo de ataque/defesa, mas instrumento cirúrgico na crítica politizada; que o fervo também é luta e que o amor liberto é realmente revolucionário.
Também convidamos outros profissionais, para além da Cia Carona, que fizeram parte do processo de construção artística, que trabalharam questões específicas como: corporeidade, vocalidade e músicas. Tivemos Bárbara Biskaro (Florianópolis/SC) e Mareike Valentin (Blumenau/SC), com foco na vocalidade de Eva; Carlos Simioni (Campinas/SP), na corporeidade; Gregory Haertel (Blumenau/SC), que assinou a dramaturgia e letras das músicas; e Edu Colvara e Júnior Marques (Blumenau/SC), na composição e nos arranjos musicais.
No trabalho com Carlos Simioni, do Lume Teatro, grupo parceiro de nossas pesquisas e mãe drag de Eva com a sua clown Gilda, Fábio experimentou lugares técnicos já presentes em si, dada a trajetória de nossos estudos, porém, agora, colocados na figura de Eva. Carlos comenta:
Trabalhar com Eva foi de um desafio imenso, primeiro porque eu a conheço e para mim ela já está “pronta”, o que eu poderia trazer para essa figura? Tratei de focar no corpo como propulsor do campo magnético, ativando o que chamamos “corpo sutil”. Neste estado, totalmente consciente, o ator abre portas e tem acesso ao que chamamos de energias complementares, possibilitando o acesso mais concreto à sensibilidade, intuição, imagens que são inatas ao ser humano mas, não acessadas no corpo cotidiano. Eva, pode então, codificar, memorizar as imagens transformadas em corpo ou em formas com sutilezas e densidades. O estado de ser do ator. A plenitude do sensível, como nos ensina a dança butoh (Carlos Simioni, em 2019).
Ensaios
Neste ponto do processo, já com vários materiais criativos (textos, ações, músicas etc) resgatamos o relato de Pépe e comentamos o que, para nós, talvez tenha sido o desafio principal: a composição dramatúrgica no sentido temático e, principalmente, na linguagem espetacular, que desse conta de abraçar as especificidades que a obra necessitava ter pelo fato da personagem ser uma drag queen.
Como ela nasceu no ativismo LGBT, isso nunca se afastou de seus “gritos”. Então, unindo as impressões das rodas de conversa, buscamos textos que expandiram esses aspectos ativistas de Eva, porém sem perder o olhar poético que a arte traz para questões político-ativistas.
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SEM POESIA NÃO
Carona Escola de Teatro faz 15 anos e comemora com espetáculo gratuito+
BLUMENAU – Há 15 anos nascia o braço didático-pedagógico da Cia Carona de Teatro. De lá para cá foram 21 Mostras, com mais de 150 espetáculos criados e apresentados por alunas e alunos.
Desde sua criação em 2004 e já com sede no Teatro Carlos Gomes, a Carona Escola de Teatro, concebida e dirigida pela Cia Carona, oferece a alunas, alunos e ao corpo docente caminhos para que estes possam aperfeiçoar-se cada vez mais na arte teatral. O curso é anual e, a cada ano, um tema chave é escolhido para nortear os estudos e montagens que são apresentadas na Mostra Carona de Teatro, evento que integra o calendário cultural do município.
São 15 anos marcados por muito trabalho, muita troca e muito prazer. O ensino na Carona Escola está fundamentado na dialética, ou seja, com a ideia central de que quem ensina aprende e vice-versa. O corpo docente conta com professores qualificados, com curso superior na área teatral e ampla experiência em festivais, oficinas, intercâmbios e trabalhos nos âmbitos nacional e internacional. Suas professoras e seus professores atuam constantemente no mercado de trabalho através da Cia Carona de Teatro, cuja fundação data o ano de 1995, ou seja: 24 anos de acúmulos teórico-práticos de uma companhia teatral estável, cambiados em aulas com os alunos.
A escola tornou-se um importante espaço no ensino das artes cênicas em Blumenau e, além do foco principal, que é o ensino das técnicas teatrais, outro objetivo é estimular a formação de grupos de teatro na cidade. Em sua grade curricular constam: Curso Livre de Teatro para crianças, adolescentes e adultos, curso de Clown/Palhaço, Curso Express de Iniciação Teatral, workshops, oficinas, intercâmbios com outros grupos e mostras.
O mergulho no jogo da linguagem cênica provoca a aluna/atriz e o aluno/ator a elaborar uma compreensão de vários elementos linguísticos propostos em uma montagem teatral, estimulando-o a apropriar-se desta linguagem. A partir desta apropriação a aluna/atriz e o aluno/ator desenvolvem a capacidade de lançar um olhar interpretativo para a vida, possibilitando compreendê-la de uma maneira própria. Concebendo, assim, que a tomada de consciência se efetive como leitura de mundo. Apropriar-se da linguagem cênica é obter condições para essa leitura.
O ato teatral é também o ato do espectador, onde o público cria sentidos para o objeto artístico, jogando com as possibilidades do que é apresentado em cena. Nesse sentido priorizamos trabalhar o corpo como lugar onde esses sentidos se manifestam, atravessam o espaço e chegam ao corpo do espectador.
É precisamente nesse “caminho do sentido” que a atriz e o ator encontram seu terreno de trabalho, é nele que a Cia Carona há tantos anos trabalha e é também onde encontramos uma possibilidade de ensino da arte de representar.
Da mesma maneira que a um poeta cabe dominar o idioma e a gramática para que possa escrever seus poemas dando um sentido às palavras, à atriz e ao ator cabe a tarefa de jogar com as possibilidades do seu corpo-sensível.
E agora chegou a hora de comemorar. Para isso preparamos “SEM POESIA NÃO”, um espetáculo especial, criado e apresentado por alunas e alunos de todas as turmas de 2019, com a participação de ex-alunas, ex-alunos e das professoras e professores da Escola.
Traga seu olhar curioso, sua pulsação, sua sensibilidade e venha celebrar conosco os 15 anos de atividades ininterruptas da Carona Escola de Teatro.
SERVIÇO
“SEM POESIA NÃO”
DIA 10/07/19
HORÁRIO 19:30
LOCAL Teatro Carlos Gomes, Auditório Heinz Geyer, Rua XV de Novembro, 1181 – Centro – Blumenau – SC
INGRESSOS gratuitos que devem ser retirados na bilheteria do Teatro Carlos Gomes a partir das 18:30 do dia 10/07/19.